Através do Banco de Perfis Genéticos da Coordenação de Genética Forense, a Polícia Técnica confirmou a identificação de três corpos de pessoas desaparecidas. Essa ação é resultado de uma mobilização nacional realizada entre 26 e 30 de agosto, que incentivou familiares a doarem amostras biológicas para o Banco Nacional de Pessoas Desaparecidas.
Segundo Luis Rogério Machado, Coordenador de Genética do Laboratório Central de Polícia Técnica, as identificações incluem dois casos ocorridos na Bahia: um em Salvador, referente a um caso de 2021, e outro em Catu, datado de 2019. O terceiro corpo identificado foi relacionado a uma investigação entre a Bahia e Goiás, envolvendo um caso de 2012.
Liz Magalhães, Coordenadora de Antropologia Forense do IML, destacou a relevância desses resultados para os familiares que enfrentam longas buscas por informações sobre seus entes queridos. A Bahia se destacou na mobilização nacional, alcançando o terceiro lugar em coletas de amostras, com 125 coletas relacionadas a 96 casos de desaparecimento, superada apenas por Rio de Janeiro e São Paulo.
Comparado à primeira campanha realizada em 2021, o número de coletas nesta edição foi o dobro, evidenciando o sucesso da iniciativa. Para essa coleta, 32 Coordenadorias Regionais de Polícia Técnica (CRPT) foram mobilizadas, em parceria com a Polícia Civil, que apoiou na emissão dos boletins de ocorrência. O Banco de Perfis Genéticos facilita a identificação de corpos que não poderiam ser reconhecidos por outros métodos.