A Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA) anunciou a conclusão do primeiro poço de plutônio nos Estados Unidos em 35 anos. Esse elemento é crucial para a produção de ogivas nucleares, e o governo planeja abrir 80 poços anualmente até 2030, já que atualmente, mais de cinco mil ogivas utilizam plutônio extraído na década de 1980.
A produção de plutônio foi interrompida em 1989 devido a preocupações ambientais, após um período em que os EUA podiam fabricar centenas de ogivas anualmente durante a Guerra Fria. O novo poço será destinado ao suporte da ogiva W87-1, parte do arsenal de mísseis balísticos intercontinentais do Departamento de Defesa. Para garantir a certificação do novo poço, a NNSA investiu oito anos de pesquisa no Laboratório Nacional de Los Alamos.
O Dr. Marvin Adams, Administrador Adjunto de Programas de Defesa, destacou: “Este esforço complexo representa um passo importante em nosso caminho para restaurar e modernizar a capacidade de produzir poços de plutônio nas quantidades necessárias para atender aos requisitos militares”. Embora o plutônio seja um elemento natural, ele é encontrado em quantidades limitadas na crosta terrestre e é criado a partir da irradiação de urânio em reatores.
A NNSA está comprometida em garantir a produção contínua de plutônio para experimentos sobre suas propriedades, assegurando a modernização das armas nucleares. Um dos projetos em andamento é o Savannah River Plutonium Processing Facility, que pretende abrir 30 poços na Carolina do Sul até 2030, utilizando técnicas avançadas como a recuperação de metal de poços antigos e o processamento piroquímico para purificação do plutônio.