O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou que a decisão sobre o retorno do horário de verão será tomada nesta quarta-feira (16). Inicialmente, a definição estava prevista para esta terça-feira (15). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o responsável pela decisão final. O horário de verão foi extinto em 2019 após 88 anos de vigência, e sua volta foi recomendada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico no mês passado.
Na última sexta-feira (11), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o horário de verão poderá retornar se houver risco de fornecimento de energia elétrica. Caso contrário, será realizada uma avaliação de “custo-benefício” em diálogo com os setores envolvidos. Se implementada, a medida só entraria em vigor após um prazo mínimo de 20 dias, e não afetaria o segundo turno das eleições, previsto para 27 de outubro em 52 cidades.
O ministro destacou que a decisão será técnica, baseada em uma análise do risco energético. Segundo ele, se o país enfrentar um risco no fornecimento de energia, o horário de verão será adotado, independentemente de outras questões. No entanto, se não houver essa necessidade, a decisão será tomada com base no custo-benefício e nas condições climáticas, como o volume de chuvas no país.
O MME afirmou que houve reuniões com setores impactados pela medida, incluindo as companhias aéreas, que solicitaram ao governo um prazo mínimo de 180 dias para adaptação. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é favorável à retomada do horário de verão, prevendo uma economia de cerca de R$ 400 milhões durante o período de vigência da medida.