Universidade de Columbia cria vacina personalizada que ensina sistema imunológico a combater câncer

Pesquisadores da Universidade de Columbia criam vacina que ensina o sistema imunológico a combater câncer.

Imagem: angellodeco/Shutterstock

Pesquisadores da Universidade de Columbia desenvolveram uma inovadora vacina microbiana que utiliza bactérias probióticas modificadas geneticamente, estimulando o sistema imunológico a atacar células cancerígenas. Essa abordagem representa uma nova classe de vacinas personalizadas direcionadas ao câncer, podendo ser ajustadas de acordo com as características específicas de cada paciente.

A vacina foi testada em camundongos com câncer colorretal avançado e melanoma, mostrando eficácia em eliminar ou frear o crescimento de tumores, ao mesmo tempo preservando células saudáveis. Os resultados foram publicados na revista científica Nature no dia 16 de outubro e indicam que a nova vacina bacteriana é mais eficiente do que as vacinas terapêuticas tradicionais baseadas em peptídeos.

A técnica inovadora destaca-se pela atividade coordenada em várias partes do sistema imunológico, superando os obstáculos impostos por tumores sólidos difíceis de tratar. Andrew Redenti, um dos autores do estudo, comentou: “Nossa abordagem permite reestruturar o sistema imunológico para uma resposta antitumoral eficaz”.

Além disso, a personalização da vacina se mostra essencial, pois cada tipo de câncer possui mutações genéticas distintas. Os pesquisadores adaptaram as bactérias para reconhecer e atacar essas mutações, aumentando a eficácia do tratamento e garantindo a segurança, já que podem ser eliminadas pelo organismo caso não encontrem os tumores desejados.

Os testes em camundongos também revelaram que a vacina é capaz de desencorajar o crescimento de tumores após a remissão, oferecendo uma nova esperança para o tratamento de câncer em estágios avançados.

Para implementar essa tecnologia em humanos, é necessário sequenciar o tumor do paciente e identificar os neoantígenos antes da criação da vacina. Com essa abordagem, espera-se uma eficácia superior ao evitar que as células tumorais consigam escapar do tratamento.