Pedro Marques Mota, de 71 anos, dentista aposentado e proprietário de fazendas, foi preso no último sábado (12) na zona rural de Santa Cruz Cabrália, no extremo sul da Bahia, após passar 18 anos foragido. A prisão foi realizada por uma equipe do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), com o apoio da Polícia Civil, Polícia Militar e Interpol. Pedro foi condenado em 2021 a 23 anos e quatro meses de prisão pelo homicídio de Cláudio Rocha, dono de um restaurante no município mineiro de Cataguases.
O crime ocorreu em 2006, quando Pedro, que na época estava em processo de separação de sua ex-companheira, confrontou Cláudio Rocha, que era o novo parceiro da mulher. Durante o conflito, Pedro atirou e matou Cláudio e também baleou sua ex-companheira, com quem havia sido casado entre 2003 e 2006. Investigações do MP-MG indicam que ele já havia ameaçado a mulher anteriormente e, poucos meses antes do crime, a abordou de maneira violenta, aplicando uma “gravata” e ameaçando-a com uma faca.
Desde então, Pedro permaneceu foragido, sendo considerado um dos homens mais procurados de Minas Gerais. Nos últimos três anos, ele morava na zona rural de Santa Cruz Cabrália, onde recebia apoio de familiares e amigos próximos. Ele também era servidor público da prefeitura de Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, localizada a cerca de 100 km de Salvador, e vivia em união estável.
Procurado pela imprensa, o MP-MG informou que o acusado tinha apoio de parentes em Salvador e em Feira de Santana, mas não revelou se Pedro já era servidor municipal antes de cometer o crime ou se foi aprovado em concurso público posteriormente. Em nota, a prefeitura de Feira de Santana declarou que, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não poderia fornecer informações detalhadas sobre o caso sem autorização judicial.
Após ser preso, o idoso foi levado para a delegacia de Porto Seguro e, conforme o MP-MG, deverá ser transferido para Minas Gerais, onde cumprirá sua pena.
