O pastor Pio de Carvalho, líder da Igreja Comunhão Cristã Abba, gerou polêmica após uma pregação transmitida ao vivo em que afirmou que o autismo “não existe” e que o transtorno seria uma “obra do maligno”. Durante a transmissão, Carvalho compartilhou uma conversa com uma profissional que trabalha com crianças autistas, ironizando o termo e questionando sua existência, mencionando que seu avô nunca tinha ouvido falar sobre o autismo. Ele afirmou: “Meu avô morreu com 94 anos e nunca ouviu isso”, desqualificando o conhecimento científico.
O pastor também aconselhou uma professora cristã a impor as mãos sobre crianças autistas, sugerindo que orações e unções com óleo poderiam expulsar um “espírito maligno”. A declaração provocou indignação nas redes sociais, especialmente entre familiares de pessoas no espectro autista e profissionais de saúde, que criticaram a sugestão de que o transtorno seria causado por forças sobrenaturais.
Em resposta à repercussão negativa, o pastor Pio publicou uma retratação, alegando que suas palavras foram mal interpretadas. Ele explicou que sugeriu o apoio espiritual como um complemento ao tratamento clínico e ao acompanhamento de profissionais.