Avanços na pesquisa sobre a molécula BMP têm implicações para doenças neurodegenerativas

Descobertas recentes sobre a BMP podem ajudar a desenvolver tratamentos para doenças do cérebro.

Imagem: gerada por inteligência artificial (Dall-E)/Nayra Teles

Nos últimos 50 anos, cientistas se perguntavam como a molécula BMP, ou bis(monoacilglicerol)fosfato, atuava na quebra de gorduras no cérebro sem se destruir. Recentemente, uma equipe do Instituto Sloan Kettering publicou suas descobertas na revista Cell, revelando que duas enzimas, PLD3 e PLD4, são essenciais para a sua produção. Essas enzimas agem na conversão do glicerol em BMP, garantindo que essa molécula permaneça estável.

A pesquisa também mostrou que indivíduos com demência frontotemporal (DFT) apresentam níveis reduzidos de BMP e um acúmulo de gangliosídeos no cérebro devido a problemas na utilização desta molécula. Mutações nas enzimas, especialmente na PLD3, também mostraram estar relacionadas a riscos aumentados para doenças neurodegenerativas como Alzheimer e ataxia espinocerebelar 46.

Essas novas informações sobre a BMP podem ser fundamentais para o desenvolvimento de futuros tratamentos para doenças que afetam a saúde cerebral.