“Ela apertava a mão, puxava o dedo”, diz pai de bebê que apresentou sinais de vida durante velório

Pai de bebê que apresentou sinais vitais durante velório questiona diagnósticos divergentes entre o hospital e o que foi observado pela família.

Imagem: Reprodução/Sbtnews

O Ministério Público de Santa Catarina divulgou o laudo cadavérico que confirma a morte de Chiara Crislayne de Moura dos Santos, bebê de oito meses que morreu após ser diagnosticada com virose, em Correia Pinto (SC). A criança foi declarada morta pela primeira vez no hospital, na madrugada de sábado (19), mas, durante o velório, por volta das 19h, familiares relataram que a bebê se mexeu e apresentou saturação, o que levou a família a chamar um farmacêutico.

Segundo o pai da menina, Cristiano dos Santos, a situação foi desconcertante. “Se ela saiu mesmo morta do hospital às 3h30 da manhã, a gente quer resposta do porquê tinha batimento e saturação às 19h”, questionou.

O farmacêutico, chamado pela família, utilizou um oxímetro e detectou saturação de 84 e batimentos cardíacos fracos. Diante disso, o Corpo de Bombeiros foi acionado e verificou que, apesar de a bebê não apresentar rigidez nos membros inferiores, não havia atividade elétrica no coração. Ela foi levada novamente ao hospital, onde os médicos confirmaram, mais uma vez, o óbito.

O laudo emitido pela Polícia Científica indica que a morte ocorreu no momento em que o óbito foi declarado pela primeira vez no hospital, às 3h30 da manhã. De acordo com o perito responsável, as sensações de calor, sinais de pulso e saturação durante o velório poderiam ter sido causadas por outros fatores, ainda a serem detalhados no laudo anatomopatológico, que deve trazer mais informações sobre a causa da morte.

Cristiano dos Santos continua a buscar respostas sobre o que ocorreu com sua filha. “Você colocava a mão nela e sentia que ela apertava a mão, puxava o dedo”, relatou, ainda impactado pelo que presenciou. Para ele e sua família, o intervalo entre a primeira declaração de morte e os sinais vitais apresentados no velório suscita muitas dúvidas, e eles esperam esclarecimentos sobre a atuação médica e o que poderia ter causado essa confusão.

O Ministério Público está acompanhando o caso e as investigações continuam para apurar se houve falhas no atendimento hospitalar ou outros fatores que possam ter interferido no diagnóstico inicial.

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