Mulher é morta a pedradas por se recusar a fazer teste de HIV; entenda

Mulher é morta a pedradas em Lins após se recusar a fazer teste de HIV; três pessoas foram presas.

Foto: Google Street View/Reprodução

Na madrugada da última segunda-feira (21), uma mulher de 26 anos foi encontrada morta na Rua Minas Gerais, uma área rural de Lins, no interior de São Paulo. De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública, três pessoas foram presas em flagrante suspeitas de envolvimento no crime, que está sendo investigado como feminicídio.

Os policiais militares chegaram ao local após receberem uma denúncia e encontraram uma pedra grande com manchas de sangue, que pode ter sido usada no homicídio. A vítima teria sido assassinada após uma discussão com um dos suspeitos sobre um teste de HIV, segundo depoimentos colhidos durante a investigação.

A polícia seguiu pistas que os levaram até a residência de F.A, de 39 anos, onde foram encontradas roupas com manchas de sangue e um par de tênis sujo de barro. F.A foi presa em flagrante no local. J.S, de 27 anos, também estava na mesma casa e foi detido. Ele, que era foragido da Justiça por não ter retornado de uma saída temporária, confessou ser o autor do crime.

Em depoimento, J.S afirmou que agiu sozinho, alegando que matou a vítima após ela dizer que o havia infectado com HIV. Além disso, o suspeito relatou que a mulher se recusou a fazer um teste para provar que não tinha o vírus, o que teria motivado a agressão fatal. Inicialmente, J.S disse que pretendia apenas agredi-la, mas a situação saiu de controle e ele a matou.

Apesar da confissão de J.S, a mulher detida, F.A, afirmou que um terceiro indivíduo, identificado apenas como J.A, também esteve envolvido no crime e teria ajudado a planejar a ação. Segundo ela, J.A teve participação ativa no ocorrido. No entanto, ao ser preso, J.A negou qualquer envolvimento direto, declarando que apenas deu carona aos demais suspeitos até o local do crime.

A delegada Juliana Bredariol, da Delegacia de Defesa da Mulher de Lins, que está à frente das investigações, informou que cinco testemunhas foram ouvidas até o momento. Com base nas evidências reunidas, ela solicitou a conversão das prisões em flagrante para preventivas, o que foi acatado pela Justiça. Os três suspeitos permanecerão detidos enquanto o inquérito policial prossegue.

O caso foi registrado como feminicídio e captura de procurado na Central de Polícia Judiciária de Lins, e a investigação continua para determinar o grau de envolvimento de cada um dos suspeitos.

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