A Nasa revelou recentemente novas imagens e animações de uma das supernovas mais brilhantes já observadas, a Supernova 1987A. Descoberta em 23 de fevereiro de 1987, está situada na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha à Via Láctea. Esta explosão estelar oferece uma oportunidade única para cientistas estudarem o ciclo de vida das estrelas, desde sua morte até a dispersão de elementos.
Desde 1990, o Telescópio Espacial Hubble tem coletado uma vasta quantidade de imagens da supernova, complementadas por dados do Observatório de Raios X Chandra e do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array. A colaboração entre essas fontes permitiu uma nova análise coordenada por Salvatore Orlando, do INAF-Osservatorio Astronomico di Palermo, na Itália.
O que a Nasa está descobrindo?
As supernovas, como a SN 1987A, têm um papel importante no ambiente ao seu redor, pois podem energizar o gás local e induzir a formação de novas estrelas e planetas. Os elementos essenciais para a vida, como carbono, oxigênio, nitrogênio e ferro, são enriquecidos no gás resultante dessas explosões. A observação contínua é crucial para que os estudiosos possam entender como a poeira gerada pela supernova pode se transformar em novos elementos e contribuir para a formação de estrelas.
Os dados do Hubble indicam que um denso anel de gás, com aproximadamente um ano-luz de diâmetro, brilha intensamente em luz óptica e já existia há mais de 20.000 anos antes da explosão. O flash de luz ultravioleta liberado pela supernova energizou o gás ao redor, levando a um brilho intenso que pôde ser observado por décadas.
Pesquisadores estão em busca de provas sobre a formação de um buraco negro ou uma estrela de nêutrons como resultado da explosão da SN 1987A.