O empresário Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, faleceu durante um exame de ressonância magnética na cabeça em uma clínica na cidade de Santos, litoral paulista. Segundo a esposa dele, Sabrina Altenburg Penna, de 44 anos, o exame foi solicitado após Fábio relatar um cansaço anormal e sonolência excessiva durante o dia. O procedimento estava marcado para o meio-dia, mas, de acordo com Sabrina, ele só foi atendido às 14h, após uma longa espera em jejum de oito horas, algo que o empresário suportou de forma tranquila.
Enquanto aguardava o término do exame, Sabrina percebeu uma movimentação intensa de funcionários na clínica, o que aumentou sua preocupação. Ela contou que uma das funcionárias assegurou que seu marido estava apenas agitado, mas que tudo estava sob controle. Cerca de 40 minutos depois, Sabrina viu uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se dirigindo rapidamente à sala da ressonância, aumentando ainda mais sua apreensão. “Eles abriram a porta, e eu vi meu marido deitado, com alguém fazendo massagem cardíaca nele”, relatou Sabrina.
A comerciante relatou que, logo após a tentativa de reanimação, a blusa de Fábio foi rasgada para primeiros socorros, mas ele não resistiu. Segundo a clínica, Fábio sofreu um infarto fulminante, que ocasionou sua morte imediata. No entanto, o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) de Santos emitiu um laudo classificando o caso como “morte suspeita”, motivo pelo qual o Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para realizar exames necroscópicos e toxicológicos, cujos resultados devem levar até 90 dias para serem concluídos.
Sabrina diz que, até o momento, não entende as razões exatas do falecimento e expressa inúmeras dúvidas sobre o atendimento prestado, questionando o que foi feito durante os 40 minutos em que Fábio permaneceu sob cuidados da equipe médica. Ela afirmou que “entrou com o marido na clínica e saiu com um papel na mão”, referindo-se ao laudo emitido sobre a morte. O empresário, que tratava a hipertensão com medicação especializada, deixou duas filhas, uma de 6 anos e uma enteada de 14, com quem convivia há 11 anos e mantinha relação próxima.