A 5ª Feira Literária Internacional de Canudos (Flican) chegou ao seu término na noite do último sábado, 26, com apresentações musicais no Espaço Belchior, em homenagem ao célebre artista cearense. Durante quatro dias, o evento atraiu mais de 5 mil participantes, que se envolveram em atividades variadas, incluindo debates sobre temas contemporâneos, mostras de filmes, exposições, oficinas de artes, além de espetáculos de teatro e música.
Nesta edição, o tema central foi “O Sertão Vai Virar Arte: Viva o Povo Brasileiro, Literatura e Tradições Populares – Viva Canudos!”, uma homenagem ao escritor João Ubaldo Ribeiro. O curador Luiz Paulo Neiva expressou sua satisfação ao finalizar o evento, destacando a diversidade cultural apresentada e a participação de autores quilombolas e indígenas.
Entre os convidados, o escritor Juvenal Teodoro Payayá, cacique do povo Payayá, destacou a relevância da literatura na sociedade, incentivando a todos a se expressarem por meio da escrita, independentemente das normas ortográficas. O jornalista Frei Betto participou virtualmente da conferência “Literatura como Resistência”, enquanto João Pedro Stédile, cofundador do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), discutiu a luta pela terra no Brasil.
Além disso, a programação contou com a exibição do filme “1798: Revolta dos Búzios”, que retrata o movimento emancipacionista na Bahia. O encerramento foi marcado por apresentações da Banda de Pífanos de Canudos, Forró da Gerardina, Bião de Canudos, Kaila Marcelle e Roberto Santos.
A 5ª Flican foi organizada pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), com o apoio do Governo do Estado, através da Fundação Pedro Calmon, e em parceria com o Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC) e a Prefeitura de Canudos.