PAULO AFONSO – A prefeitura atingiu o ápice da ineficiência nos serviços públicos, especialmente no departamento de zeladoria. É como uma espécie de apagão no setor. “Chegou a um ponto tão alarmante que a própria população foi regar as plantas”, relata a vereadora Evinha (Solidariedade), referindo-se aos moradores das proximidades da Praça Sagrada Família (BTN 3).
“Quando não é o mato tomando conta das praças – favorecendo espaço para a marginalidade – é um abandono total dos serviços públicos: lixo nas ruas e falta de arborização numa cidade tão quente. A impressão que me dá é que a prefeitura largou de mão”, acrescentou a vereadora.
Falta ambulância também
Outro ponto nevrálgico que acompanha a gestão, pois não é uma situação de agora, é a falta de ambulâncias em todos os locais do município. A vereadora, inclusive, destinou uma emenda impositiva para a compra de um veículo que seria utilizado para o transporte de pacientes renais crônicos; adquirida, infelizmente, foi perdida em seguida, num acidente – a prefeitura não colocou a ambulância no seguro.
“Se alguém precisar ser transferido para outra cidade não há um veículo próprio para isso. Hoje o município tem duas ambulâncias, uma que atende à área rural e, a outra, a urbana. São veículos em péssimas condições, chegamos ao ponto, inclusive, de a população precisar fazer ‘cotinhas’ para comprar pneu e não perder o serviço”, denuncia Eva.
Outro ponto: a vereadora mais uma vez, chamou atenção para o nível precário e perigoso das condições de trabalho. “O trabalhador da coleta de lixo está submetido à condições insalubres porque não tem um caminhão compactador – e se tem não funciona.”
A prefeitura na UTI
“Se os serviços não acontecem, são em razão de dois problemas: falta de pagamento ou má gestão, em ambos os casos é a população que está sendo penalizada. O povo não pode ser punido porque resolveu pela mudança”, enfatiza ela.
Evinha comentou ainda que, desde o início do mandato, vem chamando atenção da prefeitura sobre todos esses problemas e que não pode, por isso mesmo, votar em projetos para mais orçamento de forma açodada. “Precisamos ouvir e entender melhor a finalidade dessas suplementações”, ponderou.