Comissão de Educação da Câmara aprova lei que limita uso de celulares nas escolas, com exceções

Câmara aprova proibição do uso de celulares em sala de aula, exceto para acessibilidade e atividades pedagógicas.

Foto: Reprodução/TV Globo

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 104/2015 nesta quarta-feira (30), que visa proibir o uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos portáteis em salas de aula.

A medida se aplica a todos os estudantes, exceto em casos onde o uso dos dispositivos seja necessário para atividades pedagógicas e autorizado pelos professores. Além disso, a proibição também se estende a outras áreas da escola para alunos da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, inclusive durante os intervalos.

O relator do projeto, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), justifica a proposta ao destacar os riscos do uso precoce de telas e a importância do desenvolvimento de hábitos de socialização e atividades físicas para crianças.

“Parece-nos que o uso e porte de aparelhos eletrônicos na escola para a faixa etária da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental podem ser adiados em benefício da constituição de hábitos de atividades físicas e de ferramentas de socialização que ajudarão esses alunos nos anos seguintes da pré-adolescência”, escreve Garcia em seu relatório.

Exceções serão feitas para alunos com deficiência ou necessidades especiais, permitindo o uso de aparelhos eletrônicos, inclusive em sala de aula, para garantir a acessibilidade educacional.

Recentemente, o Ministério da Educação (MEC) informou estar elaborando um projeto sobre o tema, com o objetivo de fornecer segurança jurídica aos estados e municípios que já implementaram a medida. A proibição, que já foi aplicada em escolas municipais do Rio de Janeiro desde fevereiro, também está em discussão na Assembleia Legislativa de São Paulo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Unesco apoiam essa iniciativa, observando que países como Bélgica, Espanha e Reino Unido já adotaram políticas semelhantes.

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