Satélites da Starlink e seu impacto na pesquisa astronômica

Estudo revela que radiação de satélites da Starlink prejudica telescópios, dificultando pesquisas científicas.

Satélites da Starlink (Imagem: Albert89/Shutterstock)

A interferência causada pelos satélites da Starlink, uma iniciativa da SpaceX com mais de 6,3 mil unidades em órbita, está se tornando um desafio para a astronomia. Pesquisadores do Instituto Holandês de Radioastronomia (Astron) descobriram que a radiação eletromagnética emitida por esses satélites pode “cegar” radiotelescópios, prejudicando a análise do espaço.

Essa radiação, conhecida como UEMR (radiação eletromagnética não intencional), é mais intensa nos novos modelos e já foi observada como problemática em 2022. A preocupação é que essa interferência, que chega a ser 32 vezes maior do que a dos modelos antigos, possa resultar em um “apagão astronômico” se o número de satélites continuar a crescer.

Além da Starlink, outras operadoras, como a OneWeb e o projeto Kuiper da Amazon, também estão contribuindo para esse fenômeno. Cientistas, como Benjamin Winkel, enfatizam a necessidade de ação imediata para proteger as investigações astronômicas.

A SpaceX se comprometeu a colaborar com os pesquisadores para encontrar soluções que mitiguem esses efeitos e preservem a integridade das observações astronômicas.