Em Goiânia, uma psicóloga foi detida em flagrante na manhã de sábado (2/11) por ofensas racistas direcionadas ao técnico de um time infantil durante um campeonato de futebol. A mulher, que é mãe de um dos participantes do torneio, teria chamado o técnico do time adversário de “macaco” e feito gestos imitando movimentos de um primata.
O delegado Humberto Teófilo, da Central de Flagrantes, informou que a acusada estava posicionada atrás do gol e proferiu as ofensas na presença de várias pessoas, incluindo crianças. Em um vídeo, ela ainda tentou justificar seus atos, agravando a situação ao afirmar que o técnico parecia um “macaco”.
Após o ocorrido, testemunhas acionaram a Polícia Militar (PMGO), mas a suspeita deixou o local antes da chegada dos policiais. Posteriormente, ela foi localizada e presa em casa, no setor Marista, área nobre da cidade. A prisão foi realizada sem direito a fiança, e a audiência de custódia está marcada para domingo (3).
Em declaração, o delegado expressou sua indignação com o caso, afirmando que “uma pessoa com plena consciência das consequências do ato” foi detida pela prática de racismo. O esposo da suspeita, por sua vez, alegou que sua esposa era alvo de perseguição e inveja devido à aparência e à condição financeira do casal.
A lei sancionada em 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera racismo o crime de injúria racial, com pena de dois a cinco anos de reclusão.