Mulher pesquisou “quanto tempo corpo demora a feder?” após assassinato do marido

Rafaela Costa, esposa de Igor Peretto, é acusada de envolvimento em seu assassinato com a ajuda de familiares da vítima.

Foto: Reprodução/Redes sociais

A morte do empresário Igor Peretto, de 27 anos, no apartamento de sua irmã, Marcelly Peretto, em Praia Grande, litoral de São Paulo, tem desdobramentos que apontam para um plano detalhado. De acordo com denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), a esposa de Igor, Rafaela Costa Silva, realizou uma pesquisa antes do corpo do marido ser encontrado: “quanto tempo o corpo demora a feder?”. Esta pesquisa foi utilizada como prova na acusação contra Rafaela, que, junto com Marcelly e o marido dela, Mario Vitorino, é suspeita de envolvimento no assassinato.

Segundo o MPSP, Rafaela mantinha um relacionamento extraconjugal com Mario, seu cunhado, e também um envolvimento amoroso com Marcelly, a irmã de Igor. A denúncia sugere que Rafaela usou do ciúme para atrair o marido até o local onde ele foi morto a facadas por Mario, após uma discussão. Na noite do crime, câmeras de segurança capturaram Rafaela e Marcelly subindo juntas de elevador até o apartamento de Marcelly, onde o crime aconteceria mais tarde. Rafaela deixou o local sozinha cerca de 10 minutos antes de Igor chegar acompanhado de Mario, que o esfaquearia momentos depois.

Relatos indicam que Rafaela saiu do apartamento temendo a reação do marido, que havia descoberto uma troca de mensagens entre ela e Mario. A cena do crime, encontrada posteriormente pela polícia, mostrava o corpo de Igor caído perto da janela de um dos quartos do apartamento, em um ambiente visivelmente revirado. No banheiro, foi localizada uma faca com vestígios de sangue, possivelmente a arma usada no homicídio.

Após o corpo de Igor ser descoberto, Rafaela e Marcelly se entregaram à polícia espontaneamente, enquanto Mario fugiu. Ele foi localizado e preso no dia 15 de setembro em Torrinha, cidade no interior de São Paulo. Em 8 de outubro, a Justiça prorrogou por mais 30 dias a prisão temporária dos três envolvidos, com o objetivo de aprofundar as investigações. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Praia Grande segue à frente do caso.

A sequência dos acontecimentos gravada pelas câmeras também registrou Mario e Marcelly deixando o prédio juntos após o crime. De acordo com a denúncia do MPSP, Rafaela e Marcelly tiveram um envolvimento amoroso no local antes da chegada de Igor e Mario, o que teria acirrado a tensão. As investigações ainda mostram que Mario, após cometer o assassinato, fugiu do local em companhia de Marcelly.

O empresário Igor Peretto, além de ser irmão do vereador Tiago Peretto, era bem conhecido na região. O caso, com todos os seus elementos de traição e planejamento, chamou a atenção das autoridades locais e pode levar os acusados a enfrentarem júri popular.