Homens que ameaçaram matar filha de Alexandre de Moraes são indiciados pela PF

Polícia Federal indicia dois irmãos por ameaças de morte contra filha de Alexandre de Moraes; defesa nega envolvimento.

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

A Polícia Federal (PF) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório final do inquérito que investiga as ameaças feitas à família do ministro Alexandre de Moraes. No documento, apresentado na última segunda-feira (4), a PF indicia Raul Fonseca de Oliveira, um fuzileiro naval, e seu irmão Oliverino de Oliveira Júnior pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Os irmãos são acusados de enviar 41 e-mails ameaçadores entre abril e maio de 2024 ao escritório da esposa de Moraes, detalhando ameaças de morte à filha do ministro. Os e-mails, enviados de contas anônimas, incluíam informações detalhadas sobre a rotina da família, mencionando locais e trajetos percorridos.

Detidos desde o ano passado, por decisão do ministro e solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), Raul e Oliverino continuam sob investigação. Em decorrência das ameaças, Alexandre de Moraes optou por desmembrar o inquérito e se declarou impedido de seguir com as investigações.

Em nota, o advogado de defesa, Darlan Almeida, afirmou que não há provas concretas que liguem os irmãos às ameaças. A defesa alega surpresa com o indiciamento, considerando que, mesmo após 180 dias de medidas investigativas como quebras de sigilos e apreensões, não foi encontrada qualquer evidência concreta contra os acusados. Além disso, a defesa aponta que as ameaças teriam continuado mesmo após a prisão dos investigados.

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