O secretário de Saúde de Paulo Afonso, Alexei Vinícius da Silva, enviou um ofício com caráter de urgência aos vereadores do município, alertando sobre a possibilidade de interrupção de diversos serviços de saúde. A falta de aprovação da suplementação orçamentária pela Câmara é apontada como causa dos impactos que ameaçam a continuidade de atendimentos em unidades essenciais, como o Hospital Nair Alves de Souza, a UPA e o Hospital Infantil, além de serviços de atenção básica, transporte de pacientes e fornecimento de medicamentos.
No documento, Alexei informou que, diante da indefinição do orçamento, categorias profissionais e prestadores de serviço manifestaram a intenção de interromper atividades. Médicos do Hospital Nair Alves e da UPA já sinalizaram a possibilidade de suspender parte dos atendimentos, inclusive casos de urgência e emergência. Em 4 de novembro, o hospital enfrentou problemas com a escala de obstetras, deixando o setor sem atendimento.
A situação inclui ainda a possível suspensão de contratos com fornecedores de medicamentos e insumos essenciais. Prestadores de serviço já notificaram a interrupção no fornecimento de materiais para pronto-socorros e centros cirúrgicos, comprometendo o atendimento de urgência e emergência. “Esses casos podem resultar em consequências graves, inclusive a morte de pacientes, caso a assistência médica não seja mantida”, alertou o secretário.
Outro ponto abordado no ofício é o impacto no Programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD), que atende pacientes em tratamento de câncer e crianças com TEA. Alexei destacou que a suspensão dos serviços de transporte poderia inviabilizar o tratamento de pacientes que necessitam de atendimento em outras cidades, como Salvador e Recife.
O secretário ainda mencionou problemas com a manutenção da frota de veículos, que é essencial para o transporte de pacientes e equipes, especialmente para as áreas rurais. A falta de recursos já reduziu o número de ambulâncias em operação, deixando diversas unidades paralisadas.
Por fim, Alexei mencionou ameaças no fornecimento de energia e água nas unidades de saúde, devido ao não pagamento de despesas essenciais. Ele apelou para que os vereadores reconsiderem a aprovação do orçamento suplementar, afirmando que a saúde e a vida dos moradores de Paulo Afonso estão em risco.