O empresário Marcelo Batista da Silva, de 40 anos, é investigado pelo desaparecimento de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, de 25, ocorrido no dia 4 de novembro em Salvador. Conhecido por atuar no setor de reciclagem, Marcelo tem seu nome envolvido em pelo menos quatro processos por lesão corporal, ameaça e tortura. Ele também teve sua prisão preventiva decretada e segue foragido, com suspeitas de que possa ter deixado o país.
Os jovens desaparecidos trabalhavam como diaristas no ferro-velho do empresário, localizado no bairro de Pirajá. Os familiares relataram que Marcelo teria acusado os dois de roubo, o que levantou suspeitas sobre o seu envolvimento. Diante das acusações, Marineide Pereira, mãe de Paulo Daniel, solicitou imagens das câmeras de segurança, esperando que os registros ajudem nas investigações.
A polícia encontrou manchas suspeitas no banco de um carro de luxo do empresário, que foi deixado em uma loja na cidade de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. As manchas estão sob análise para verificar se são sangue das vítimas desaparecidas. Até agora, pelo menos 15 testemunhas prestaram depoimento e apontaram Marcelo como suspeito do crime.
Os processos contra o empresário incluem um caso de tortura em 2017, envolvendo agressões físicas a dois funcionários de seu ferro-velho, e uma acusação de violência doméstica contra a ex-mulher. Além disso, Marcelo é réu por duplo homicídio qualificado, referente ao desaparecimento dos dois jovens.