Um fóssil de 80 milhões de anos descoberto em Presidente Prudente, São Paulo, pode ser a chave para entender melhor a evolução das aves, que são consideradas os parentes mais próximos dos dinossauros. O fóssil, pertencente à espécie Navaornis hestiae, tem um estado de conservação excepcional, especialmente na área craniana, o que permite reconstituições do cérebro utilizando tomografia computadorizada. O estudo, publicado na revista Nature, destaca a importância desse espécime para preencher lacunas na compreensão da evolução neurológica e comportamental das aves modernas.
O Navaornis hestiae, que pertence a um grupo extinto de aves, apresenta características que o tornam um elo entre os dinossauros como o Archaeopteryx e as aves contemporâneas. Com um cérebro maior e sem dentes, essa espécie pode ajudar os cientistas a traçar uma árvore genealógica mais precisa das aves, mostrando como essas criaturas inteligentes evoluíram ao longo do tempo. Guillermo Navalón, um dos coautores do estudo, ressaltou que a estrutura cerebral do Navaornis é quase exatamente intermediária entre o Archaeopteryx e as aves modernas, o que pode oferecer novos insights sobre a inteligência e as capacidades dessas criaturas.