Acusações contra professor da Stanford levantam polêmica sobre deepfakes

Professor de Stanford é acusado de compartilhar fake news sobre deepfakes durante julgamento. Alega que estudo mencionado não existe.

Imagem: Deemerwha studio/Shutterstock

Jeff Hancock, professor da Universidade de Stanford e diretor do Social MediaLab, está sendo acusado de disseminar desinformação enquanto atuava como especialista em um caso judicial relacionado à regulação de deepfakes. A denúncia foi revelada pelo Minnesota Reformer e se insere na ação Kohls v. Ellison, que questiona a constitucionalidade de uma nova lei em Minnesota. Essa lei proíbe o uso de deepfakes para influenciar o resultado de eleições, algo que o autor do processo, Christopher Kohls, argumenta ser uma violação da liberdade de expressão.

Hancock teria mencionado um estudo inexistente que supostamente demonstraria que as pessoas ainda teriam dificuldades em distinguir entre vídeos reais e manipulados, mesmo ao serem informadas sobre deepfakes. Os advogados de Kohls afirmaram que essa citação é uma “alucinação” gerada por inteligência artificial, o que coloca em dúvida a credibilidade de Hancock no tribunal.

O caso é parte de um debate mais amplo sobre as leis que regulam o uso de deepfakes nas eleições nos EUA, que visam prevenir abusos e manipulações. Até o momento, Hancock não se manifestou sobre as alegações.