Sueli Santana, professora de 51 anos, foi vítima de agressão por pedradas lançadas por alunos na Escola Rural Boa União, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, Bahia. O ataque, investigado pela Polícia Civil, ocorreu em 29 de outubro, após uma aula sobre cultura afro-brasileira. Sueli, adepta de uma religião de matriz africana, relatou discriminações verbais frequentes no ambiente escolar, sendo chamada de “bruxa” e “macumbeira” pelos estudantes.
Segundo a professora, a direção da escola instruiu a retirada do livro ABC dos Povos Afro-brasileiros, utilizado em suas aulas, atendendo a queixas de pais. Durante o ataque, Sueli foi atingida no pescoço por uma pedra e precisou se afastar do trabalho por três dias.
A Secretaria de Educação de Camaçari afirmou ter recebido a denúncia no dia 21 de novembro e está investigando o caso. Em nota, a entidade repudiou discriminação, mas não detalhou medidas contra os alunos envolvidos.