Nesta terça-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o preço das carnes subiu pelo terceiro mês seguido, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A alta, que começou em setembro de 2024, representa uma inversão após um período de um ano e meio de queda nos preços.
Os dados mostram que o acumulado dos últimos três meses registra um aumento de 8,02% no valor das carnes, o maior desde dezembro de 2019, quando os preços subiram 18,06%. A única exceção foi o fígado bovino, que apresentou queda de 3,61%, conforme o levantamento.
Especialistas consultados pelo G1 explicaram os principais fatores que impulsionaram essa elevação, sendo:
- Ciclo pecuário: Após dois anos de intensos abates, a oferta de bois diminuiu, pressionando os preços.
- Clima: Secas e queimadas prejudicaram a formação de pastos, impactando o principal alimento do gado.
- Exportações: O Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, atingiu recordes de vendas no mercado externo.
- Renda: A queda do desemprego e a valorização do salário mínimo aumentaram o consumo interno.
Os economistas alertam que as condições atuais sugerem que o preço das carnes continuará subindo em 2025, com tendência de alta até 2026, devido à combinação de fatores econômicos e climáticos.