Alistamento militar feminino começa em 1° de janeiro de 2025

Mulheres poderão se alistar nas Forças Armadas em 2025. Serão 1,5 mil vagas em diversas cidades do Brasil.

Foto: Edvaldo/Gazeta do Povo

O Ministério da Defesa anunciou, nesta quarta-feira (11), que mulheres nascidas em 2007 poderão realizar o alistamento militar voluntário a partir de 1º de janeiro de 2025. O prazo para inscrições seguirá até 30 de junho e será a primeira vez que as mulheres poderão se alistar nessa faixa etária. A iniciativa é inédita e visa ampliar a participação feminina nas Forças Armadas.

Serão ofertadas 1,5 mil vagas em 28 municípios de 13 estados e no Distrito Federal, sendo 155 para a Marinha, 1.010 para o Exército e 300 para a Aeronáutica. Para participar, as candidatas devem cumprir dois requisitos básicos: completar 18 anos em 2025 e residir em uma das localidades contempladas no Plano Geral de Convocação. As inscrições poderão ser feitas presencialmente em Juntas de Serviço Militar ou pela internet, em um portal ainda a ser divulgado.

Além da inscrição, o processo de recrutamento inclui etapas como seleção geral e complementar, que compreendem entrevistas, inspeção de saúde, exames clínicos e laboratoriais, além de testes físicos. Após a aprovação, as candidatas serão incorporadas no início de 2026, em duas datas previstas: entre 2 e 6 de março ou entre 3 e 7 de agosto. O serviço militar inicial terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos, de acordo com o interesse da instituição e da militar.

As mulheres que ingressarem nas Forças Armadas ocuparão a graduação de soldado (ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha) e terão os mesmos direitos e deveres atribuídos aos homens. Entre os benefícios garantidos estão remuneração, auxílio-alimentação, licença-maternidade e contagem de tempo para aposentadoria. “Vai trazer às mulheres essa possibilidade de compor a força de trabalho, eu diria até de qualificar ainda mais a força de trabalho que ingressa voluntariamente às Forças”, destacou o contra-almirante André Gustavo Guimarães, subchefe de Mobilização da Defesa.

Para receber as novas alistadas, as Forças Armadas já contam com estruturas adaptadas em unidades localizadas nos municípios contemplados, como alojamentos e outras instalações. Segundo o Ministério da Defesa, serão feitas apenas adequações mínimas para garantir a infraestrutura necessária.

Municípios com vagas

As 28 cidades com vagas disponíveis incluem grandes capitais e municípios estratégicos para as Forças Armadas. Entre elas estão:

  • Águas Lindas de Goiás (GO)
  • Belém (PA)
  • Belo Horizonte (MG)
  • Brasília (DF)
  • Campo Grande (MS)
  • Canoas (RS)
  • Cidade Ocidental (GO)
  • Corumbá (MS)
  • Curitiba (PR)
  • Florianópolis (SC)
  • Formosa (GO)
  • Fortaleza (CE)
  • Guaratinguetá (SP)
  • Juiz de Fora (MG)
  • Ladário (MS)
  • Lagoa Santa (MG)
  • Luziânia (GO)
  • Manaus (AM)
  • Novo Gama (GO)
  • Pirassununga (SP)
  • Planaltina (GO)
  • Porto Alegre (RS)
  • Recife (PE)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • Salvador (BA)
  • Santa Maria (RS)
  • Santo Antônio do Descoberto (GO)
  • São Paulo (SP)
  • Valparaíso de Goiás (GO)

As cidades escolhidas já possuem mulheres atuando em áreas militares, especialmente em funções administrativas, de saúde e ensino. A meta do Ministério da Defesa é aumentar gradualmente a participação feminina no efetivo, buscando atingir 20% das vagas nos próximos anos. Atualmente, as mulheres representam cerca de 10% do total de militares nas Forças Armadas.

Embora o serviço militar feminino inicial seja uma novidade, as mulheres já têm acesso às áreas combatentes por meio de concursos públicos específicos, como o Colégio Naval, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar.

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