Na noite de sexta-feira, 20 de dezembro, Hélio José dos Santos Júnior, de 19 anos, conhecido como “Lelo”, foi assassinado na rua Adolfo Santos, no bairro Campo Grande, em Delmiro Gouveia, no Alto Sertão de Alagoas. A Polícia Civil está investigando o caso e considera, inicialmente, a hipótese de retaliação entre facções criminosas como motivação para o crime.
De acordo com informações preliminares, Hélio estava acompanhado de um homem no momento do ataque. Criminosos armados, incluindo um que vestia colete balístico, surpreenderam os dois. Enquanto o homem que estava com Hélio conseguiu fugir, o jovem foi alvejado com pelo menos quatro disparos, sendo atingido na cabeça e no tórax. Ele morreu no local antes que o socorro pudesse ser acionado. Ainda segundo a polícia, o caso pode estar ligado a uma tentativa de homicídio registrada dez dias antes no bairro Novo, na mesma cidade, que vitimou um jovem identificado como Diego.
Contudo, o pai de Hélio refutou a tese de envolvimento do filho com facções criminosas. Segundo ele, Hélio era trabalhador e havia retornado há poucos meses para Delmiro Gouveia após ter deixado um emprego em Santa Catarina. “Ele estava aqui comigo, trabalhando, mas decidiu voltar para Delmiro. Não sei o que aconteceu ou por que ele foi morto. Essa história de facção não faz sentido. Acredito que ele foi atraído para o local por pessoas que tinham outras intenções”, afirmou o pai em entrevista ao Portal IT.com.br.
O pai ainda fez um apelo aos jovens, alertando sobre os perigos de más companhias. “Saiam desse mundo de imaginação. Meu filho era trabalhador. Não quero que outras famílias passem por essa dor.” Ele revelou que, antes do assassinato, Hélio estava na casa de uma tia, no bairro Bom Sossego, quando recebeu uma ligação do homem que estava com ele no momento do crime. Durante o ataque, os criminosos destruíram o celular de Hélio ao jogá-lo no chão, o que pode dificultar o acesso a informações importantes para a investigação.
A Polícia Militar isolou a área e a Polícia Científica, junto com o Instituto Médico Legal (IML), trabalhou até a madrugada para realizar a perícia e remover o corpo, que foi encaminhado para os procedimentos legais nas primeiras horas do dia seguinte. O delegado Rodrigo Rocha Cavalcanti é o responsável pelo caso e deve emitir um posicionamento oficial nos próximos dias.