Um estudo recente indicou que a poeira de freio contribuiu mais para a poluição do ar do que as emissões dos escapamentos. A pesquisa, conduzida por James Parkin e Matt Loxham, da Universidade de Southampton, cultivou células que imitam o revestimento pulmonar para analisar os efeitos das partículas geradas pelo desgaste de pastilhas de freio, pneus e da estrada.
Os resultados demonstraram que essa poeira afeta fatores ligados a doenças respiratórias, como asma e câncer, evidenciando que o desgaste dos componentes do veículo é uma fonte relevante de contaminação. Embora os carros elétricos reduzam as emissões diretas do escapamento, a frenagem por fricção continua a liberar partículas nocivas.
Os pesquisadores sugeriram a necessidade de reformular as pastilhas de freio, minimizando a presença de metais tóxicos – especialmente o cobre – que elevam os riscos à saúde. Essa análise ressalta a importância de se considerar todos os aspectos do transporte rodoviário para reduzir os danos à saúde pública.