A promotora Sara Gama, que atua no Ministério Público da Bahia (MP-BA), ressaltou as ações preventivas e repressivas desenvolvidas pelo órgão na proteção das mulheres durante o carnaval em Salvador. Em uma entrevista realizada no camarote Brahma, a promotora falou sobre a importância do projeto ‘Luto por Elas’, que existe há cinco anos e visa combater a violência de gênero, particularmente durante a folia.
O projeto ‘Luto por Elas’ foi acionado após a identificação de um aumento de ocorrências policiais relacionadas a crimes sexuais contra mulheres durante o carnaval. “Começamos a trabalhar com a prevenção, que é realizada ao longo do ano, mas acaba tendo um foco intensificado durante o carnaval”, explicou Gama. A campanha, intitulada ‘não é não’, enfatiza o consentimento nas interações sociais.
A promotora ainda abordou a questão da paquera, muitas vezes mal interpretada. “As pessoas perguntam se não podem mais paquerar, e nós respondemos que sim, desde que de forma saudável e respeitosa. Se a reciprocidade não existe, a pessoa deve se retirar. Em casos de insistência, podemos tomar medidas legais, que incluem a prisão em flagrante”, afirmou Gama. As declarações enfatizam a necessidade da educação e do respeito nas relações interpessoais, especialmente em eventos como o carnaval.