Em Paulo Afonso, Bahia, a comerciante Mônica Valéria Araújo Alcântara, conhecida como “Chefe Alcântara”, recebeu uma notificação para desocupar seu quiosque no Parque Moxotó em dez dias. A decisão, que gerou comoção nas redes sociais, pode ser revertida após o prefeito Mário Galinho identificar um possível erro administrativo no processo.
Entenda o caso
Mônica, que utiliza o quiosque como única fonte de renda, recebeu um ofício assinado pelo secretário de Administração, Josemir Chaves Costa, determinando a desocupação imediata do espaço. Em um vídeo emocionado compartilhado nas redes sociais, a comerciante expressou sua indignação, afirmando que a medida representaria uma perseguição política, já que o comodato foi concedido em 2023 pela gestão anterior e tem validade até outubro de 2025.
“É daqui que tiro meu sustento, como vou me manter a partir de agora?”, questionou Mônica no vídeo, visivelmente abalada. A comerciante, que enfrenta problemas de saúde como diabetes, fibromialgia e perda de visão, destacou que paga regularmente as contas de água e luz tanto do quiosque quanto de sua residência com os rendimentos provenientes do local.
Possível reversão da decisão
Fontes próximas ao prefeito Mário Galinho, que estava em Brasília para compromissos oficiais, informaram que ao retornar a Paulo Afonso, ele buscará conversar diretamente com a comerciante para esclarecer a situação. “Tudo indica que houve um grande equívoco na decisão que foi tomada, e o prefeito irá reparar esse erro”, afirmou uma fonte ao site PA4.
A notificação, que coincidiu com as vésperas do Dia Internacional da Mulher, gerou críticas adicionais à administração municipal. Alguns moradores classificaram a ação como “desumana” e questionaram a falta de sensibilidade com uma mulher trabalhadora e empreendedora responsável pelo sustento familiar.
Repercussão na cidade
O caso ganhou ampla repercussão entre a população de Paulo Afonso, com manifestações de apoio à comerciante nas redes sociais. Uma nota de repúdio foi publicada, destacando três pontos críticos na decisão da prefeitura: sinais de possível perseguição política, falta de respeito à mulher trabalhadora e empreendedora, e falta de eficiência da gestão municipal na condução dos processos administrativos. Segundo informações, o comodato concedido à Chef Alcântara tem validade até outubro de 2025.
A população aguarda um posicionamento oficial do prefeito Mário Galinho, que, segundo fontes, deve reparar o possível erro administrativo após seu retorno à cidade.