Defesa Civil revela fragilidades em cidades baianas
Dois municípios baianos chamam a atenção por ocuparem a última colocação no Indicador de Capacidade Municipal (ICM) de Proteção e Defesa Civil. Feira de Santana e Porto Seguro aparecem na lista D, a mais crítica do levantamento realizado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, com notas baixas que revelam sérios problemas de infraestrutura e prevenção de riscos.
As cidades apresentam vulnerabilidades preocupantes em aspectos fundamentais de segurança. Porto Seguro, por exemplo, não possui a carta geotécnica de Aptidão à Urbanização, enquanto Feira de Santana carece de um plano de contingência para desastres. Essas lacunas se tornam ainda mais graves quando consideramos o histórico recente de eventos climáticos extremos na região.
Histórico de ocorrências
Nos últimos cinco anos, essas cidades enfrentaram diversos desafios relacionados a eventos climáticos. Porto Seguro viveu uma das piores chuvas de sua história em 2023, com mais de 300 mm de água acumulados em apenas 36 horas. Já Feira de Santana sofre com alagamentos frequentes em bairros como Tomba, Mangabeira e Cidade Nova.
Panorama municipal
O levantamento avaliou 5.570 municípios brasileiros, dividindo-os em categorias de gestão de riscos. Entre as 10 maiores cidades baianas, o cenário não é uniforme:
- Salvador lidera com nota 18 na lista A
- Barreiras também na lista A, com nota 13
- Outras cidades como Camaçari e Itabuna figuram na lista B
- Ilhéus, Lauro de Freitas e Vitória da Conquista aparecem na lista C
- Feira de Santana e Porto Seguro ocupam a lista D
Os dados mostram a urgência de investimentos em infraestrutura, planejamento urbano e sistemas de prevenção de desastres. Mais do que números, o levantamento expõe a necessidade de ações concretas para proteger a população e mitigar riscos em regiões altamente vulneráveis.