Força Espacial dos EUA dá aval para novo foguete Vulcan
A corrida espacial ganhou mais um capítulo empolgante. A Força Espacial dos Estados Unidos acaba de certificar o foguete Vulcan, da United Launch Alliance, para missões estratégicas de segurança nacional. O anúncio, feito nesta quarta-feira (26), representa um marco importante para a indústria aeroespacial americana.
O general de brigada Panzenhagen destacou a importância do momento: “Ter acesso garantido ao espaço é fundamental para nossa segurança nacional”. A certificação significa que o Vulcan está pronto para entrar em ação ao lado de outros foguetes de ponta, como os Falcon da SpaceX.
Desafios superados
O caminho até a certificação não foi fácil. O projeto passou por dois momentos críticos: uma explosão em uma bancada de testes no Alabama em 2023 e uma falha em um dos propulsores durante o segundo voo de teste em outubro de 2024. Esses obstáculos atrasaram significativamente o processo de aprovação.
Para conquistar o aval da Força Espacial, a United Launch Alliance percorreu um caminho rigoroso que incluiu:
- 52 critérios de certificação
- Mais de 180 tarefas específicas
- Duas demonstrações de voo
- 60 verificações de interface de carga
- 18 revisões de design e testes
- 114 auditorias de hardware e software
Próximos passos
O primeiro lançamento do Vulcan ainda não será para missões de segurança nacional. A empresa planeja iniciar com um foguete Atlas 5, transportando satélites de banda larga do Projeto Kuiper da Amazon, possivelmente em abril. Os primeiros lançamentos oficiais de segurança nacional devem acontecer no próximo verão americano.
Tory Bruno, CEO da United Launch Alliance, mostrou confiança após superar os desafios técnicos. “Identificamos a causa raiz e tomamos as medidas necessárias”, afirmou. A empresa pretende lançar cerca de uma dúzia de foguetes em 2025, ajustando as expectativas iniciais de duas dúzias.
Com a certificação do Vulcan, os Estados Unidos reafirmam sua posição de protagonista na exploração espacial, abrindo novas possibilidades para missões científicas e estratégicas nos próximos anos.