O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou a cassação do deputado Glauber Braga (Psol-RJ) após uma sessão para lá de agitada. Foram mais de seis horas de discussão, com bate-boca, gritaria e até provocações de parlamentares da direita. O resultado? Treze votos a favor da cassação e cinco contra.
A decisão do Conselho de Ética agora segue para o plenário da Câmara, conforme explicou o presidente do Conselho, Leur Lomanto Filho (União-BA). Mas calma, ainda não acabou! Glauber Braga já avisou que vai recorrer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
E a pressão não para por aí! Glauber anunciou que fará greve de fome durante todo o processo e que não pretende sair da Câmara dos Deputados. “Essa cassação é ideológica e política”, protestou o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), mostrando o clima tenso nos bastidores.
Os deputados do Psol, PT e PCdoB também manifestaram sua insatisfação. Eles alegam que a ordem do dia do plenário não ter sido iniciada até as 18h20 seria um sinal de um acordo para a cassação, envolvendo até o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Para quem não sabe, quando a ordem do dia começa, as sessões nas comissões são automaticamente encerradas.
A sessão foi marcada por discussões acaloradas entre parlamentares de diferentes lados. Em um momento, manifestantes presentes no Conselho de Ética gritaram “sem anistia” após um debate entre Guilherme Boulos e deputados da direita. Boulos, por sua vez, rebateu chamando um dos deputados de “marmitinha” e ironizou: “marmita é o que você vai levar ao Bolsonaro quando ele estiver na Papuda”.
Mas, afinal, por que tudo isso? Glauber é acusado de ter quebrado o decoro parlamentar ao expulsar de forma agressiva um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) em abril de 2024. O caso gerou toda essa polêmica e culminou na aprovação da cassação no Conselho de Ética.