A Prefeitura de Paulo Afonso decretou situação de emergência em decorrência da seca prolongada que afeta o município desde agosto de 2024. O Decreto nº 286, assinado pelo prefeito Mário Galinho em 11 de abril de 2025, foi publicado no Diário Oficial do Município no dia 14 e terá vigência de 180 dias.
Segundo o decreto, a estiagem severa comprometeu o abastecimento de água e provocou prejuízos na pecuária e na agricultura familiar. No primeiro trimestre de 2025, foram registrados apenas 66 milímetros de chuva, volume considerado insuficiente para manter a produção agropecuária e o consumo humano e animal.
A escassez de água atingiu especialmente a pecuária de corte e leite, além da agricultura familiar, com perdas superiores a R$ 7,8 milhões. A Secretaria de Desenvolvimento Rural apontou queda expressiva na produção do setor, agravando a situação econômica e a segurança alimentar.
Reservatórios estratégicos encontram-se em níveis críticos ou completamente esgotados, afetando comunidades rurais e o fornecimento de água potável. A estiagem foi classificada como desastre de nível II pelo Sistema Integrado de Informações sobre Desastres.
Com o decreto, o município poderá adotar medidas emergenciais, como contratações e aquisições sem licitação, para assegurar a continuidade de serviços essenciais. Todos os órgãos municipais estão mobilizados para atuar na resposta à crise.