Prepare-se para decolar! A Pulsar Fusion, startup do Reino Unido, está desenvolvendo um foguete de fusão nuclear que promete mudar a forma como viajamos pelo espaço. Batizado de Sunbird, o projeto tem como objetivo alcançar velocidades incríveis e “redefinir as viagens espaciais”.
Imagine só: naves espaciais se acoplando a esse foguete supersônico para chegar aos seus destinos muito mais rápido. A velocidade estimada é de 805.000 km/h! Para ter uma ideia, a Sonda Solar Parker da NASA, o objeto mais rápido já construído, atingiu 692.000 km/h. É muita velocidade!
O Sunbird ainda está em fase de testes, mas a empresa planeja realizar os primeiros testes em órbita já em 2027. O projeto, que tem um custo estimado de US$ 70 milhões, está sendo financiado pela Agência Espacial do Reino Unido.
Por que a fusão nuclear?
A fusão nuclear é um desafio para os cientistas há décadas. Afinal, replicar o poder de uma estrela aqui na Terra não é fácil! Mas o processo libera uma quantidade gigantesca de energia, quatro milhões de vezes maior do que a liberada pelos combustíveis fósseis.
Diferente da fissão nuclear, que usa materiais radioativos perigosos, a fusão usa elementos leves como o hidrogênio. Esses elementos são combinados em temperaturas e pressões altíssimas. Richard Dinan, CEO da Pulsar, explicou à CNN que o espaço é o lugar ideal para a fusão, já que ela “quer acontecer lá de qualquer maneira”.
O Sunbird usa ímãs para aquecer um plasma e fundir o combustível do foguete, o hélio-3. Esse processo produz prótons que funcionam como um “exaustor nuclear”, impulsionando a nave.
A Pulsar Fusion também planeja criar estações de recarga no espaço, possivelmente perto de Marte e em uma estação na órbita baixa da Terra.
Viagens espaciais mais rápidas
Com o Sunbird, missões interplanetárias seriam muito mais rápidas. Seria possível transportar até 2.000 kg de carga para Marte em menos de seis meses. Sondas espaciais chegariam a Júpiter ou Saturno em dois a quatro anos. E missões de mineração em asteroides durariam de um a dois anos, em vez de três.