Imagine o universo girando como um gigante “fluido escuro”. Pesquisadores propõem essa ideia inusitada para explicar um impasse cósmico que intriga cientistas há décadas: a Tensão de Hubble.
Afinal, qual a velocidade exata da expansão do universo? Medições da luz mais antiga do cosmos indicam um ritmo, enquanto observações de astros próximos apontam outro. Essa divergência tem sido um nó na cabeça dos estudiosos.
A nova teoria sugere que o universo pode estar girando lentamente, uma vez a cada 500 bilhões de anos. Essa rotação, imperceptível para nós, poderia ser a chave para resolver a Tensão de Hubble, afetando a forma como o espaço se expande.
“Nosso modelo com rotação resolve o paradoxo sem contradizer as medições astronômicas atuais”, comemorou o astrônomo István Szapudi. A proposta, baseada na física de Newton, abre uma nova perspectiva sobre o funcionamento do cosmos.
O próximo passo é transformar essa hipótese em um modelo computacional completo. Os cientistas também buscam sinais dessa rotação em observações e outras técnicas astronômicas.