O ex-BBB Davi Brito virou réu por violência psicológica e ameaça com arma de fogo contra a modelo amazonense Tamires Assis. A denúncia apresentada pelo Ministério Público do Amazonas foi aceita pela juíza Ana Lorena Teixeira Gazzineo no dia 8 de abril de 2025, conforme confirmado por documentos obtidos pela Rede Amazônica. A decisão marca o início de um processo judicial contra o campeão do Big Brother Brasil 24, que agora responde formalmente às acusações.
Segundo as investigações da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), o caso ocorreu em julho de 2024, quando, durante uma videochamada, Davi teria questionado a modelo sobre seu paradeiro e, em seguida, mostrado uma arma de fogo, apontando-a em sua direção. Tamires conseguiu capturar uma imagem da chamada, que foi utilizada como prova no inquérito. Em 23 de julho, ela registrou boletim de ocorrência na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, em Manaus.
O relacionamento entre os dois começou durante o Festival Folclórico de Parintins, em junho de 2024. Na época, Davi chegou a divulgar declarações públicas sobre imaginar um futuro com a modelo. No entanto, o vínculo foi encerrado pouco tempo depois do episódio da ameaça, quando Tamires decidiu cancelar uma viagem que faria a Salvador para encontrá-lo. De acordo com a modelo, o ex-BBB pediu que ela adiasse a ida alegando estar com febre, mas demonstrava atitudes contraditórias e controladoras.
Além da suposta ameaça, a investigação também apontou que Davi teria incentivado seguidores a realizarem ataques virtuais contra Tamires após o caso vir a público. Com base nesses indícios, a Polícia Civil solicitou a prisão do ex-BBB em agosto de 2024. Até o momento, a Justiça não se pronunciou sobre o pedido.
A modelo conseguiu obter medidas protetivas que seguem válidas. A juíza responsável destacou o comportamento instável de Davi, que oscilava entre justificativas de doença e condutas de controle emocional, como fator que reforça os indícios de violência de gênero. O processo tramita sob segredo de justiça por envolver a aplicação da Lei Maria da Penha.
A defesa de Tamires afirma que há lentidão no trâmite judicial. Em outubro de 2024, a advogada Danielle Uchôa apresentou uma queixa à Corregedoria do Tribunal de Justiça do Amazonas, denunciando a falta de resposta ao pedido de prisão. O TJ-AM afirmou que a resposta foi enviada à vara competente e repassada à vítima em dezembro, mas a advogada alega não ter recebido notificação oficial.
A modelo relatou os efeitos emocionais do episódio, afirmando que busca tratamento psicológico. “Isso destruiu toda a minha mente. Eu acordo preocupada e querendo voltar à minha vida. Quero voltar a ser a Tamires de verdade”, disse em entrevista à Rede Amazônica. O advogado Vilson Benayon, que acompanhou as primeiras etapas do caso, declarou que Tamires vive com medo, está isolada e emocionalmente fragilizada.
Davi Brito continua em liberdade e não se manifestou sobre o caso até o momento.