Uma reviravolta surpreendente na arqueologia irlandesa! Um estudo recente aponta que os túmulos da Idade da Pedra podem não ter sido exclusivos da realeza, como se pensava.
A pesquisa, que analisou o DNA de esqueletos encontrados nesses locais, sugere que os monumentos eram, na verdade, espaços de encontro para a sociedade da época. Imagine só, esses túmulos com cerca de 5 mil anos servindo para rituais e até festas!
Desvendando os Mistérios do DNA Antigo
Durante muito tempo, os arqueólogos acreditaram que as construções de pedra eram destinadas a famílias poderosas. Mas, ao analisar o DNA de 55 pessoas enterradas ali, a história mudou.
Segundo Neil Carlin, da University College Dublin, os túmulos podem ter sido um ponto de encontro para trabalho, comemorações e enterros. Uma mudança radical em relação ao que se pensava sobre a Irlanda Neolítica!
Um Novo Olhar Sobre os Túmulos Irlandeses
Os arqueólogos identificaram quatro tipos de túmulos antigos na Irlanda. Os mais simples eram usados no início do Neolítico, enquanto os “túmulos de passagem” surgiram depois, por volta de 3300 a.C.
Esses túmulos de passagem, com grandes montes circulares e corredores de pedra, são ainda mais antigos que Stonehenge e as pirâmides do Egito. E muitos ainda estão por lá, como o famoso túmulo de Newgrange.
A análise da equipe de Carlin mostrou que a maioria dos indivíduos enterrados nos túmulos de passagem não tinha parentesco próximo. Ou seja, não eram apenas para uma família real!
Os pesquisadores investigaram as mudanças nas relações de parentesco durante o Neolítico. E descobriram que, no início, os túmulos menores abrigavam pessoas com laços biológicos mais fortes. Já nos túmulos de passagem, a diversidade genética era maior.
Ainda não se sabe o motivo dessa mudança, mas os pesquisadores acreditam que os túmulos de passagem indicam que diferentes grupos se reuniam para participar de cerimônias. Uma sociedade um pouco mais igualitária do que se imaginava!
Para entender melhor as transformações sociais na Irlanda após 3600 a.C., os pesquisadores querem fazer mais estudos de DNA, analisar artefatos e a arquitetura dos monumentos.