Bastaram poucos minutos dentro do camburão para que a tensão explodisse em forma de dor no peito. Ao cruzar o portão da Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti, em Maceió, na noite de quinta‑feira (17), o advogado e influenciador baiano João Neto, 47 anos, precisou ser socorrido às pressas a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) depois de um mal‑súbito, segundo a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas (Seris) .
Neto foi detido em flagrante na segunda‑feira (14) por lesão corporal contra a então namorada, de 25 anos, após câmeras de segurança registrarem o empurrão que a deixou com um corte profundo no queixo . A Polícia Civil converteu a prisão em preventiva durante a audiência de custódia de terça‑feira (15) .
Influencer com 2 milhões de seguidores
Conhecido pelo bordão “no coco e no relógio”, o criminalista soma mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais, onde mistura humor, dicas jurídicas e sorteios de alto valor . Natural de Salvador, ele se apresentava como ex‑policial militar da Bahia, informação que a própria corporação negou nesta sexta‑feira (18), afirmando que João Neto foi expulso do curso de formação e nunca chegou a servir como PM .
Transferência conturbada
Até quinta, Neto estava no Presídio Militar de Maceió, onde ficou por ter apresentado, sem comprovação, documentação militar. A Seris determinou a transferência para a unidade de segurança máxima Baldomero Cavalcanti. Durante o trajeto, o advogado relatou fortes dores no peito. Na UPA, passou por avaliação cardiológica, recebeu medicação e, horas depois, foi liberado de volta ao sistema prisional, informou a secretaria .
Defesa alega problema cardíaco e uso de 32 medicamentos
Em nota, os advogados de Neto atribuem o mal‑estar a uma “condição cardíaca preexistente” e dizem que o cliente faz uso diário de 32 remédios. A banca pediu à Justiça que ele permaneça em cela adaptada e receba acompanhamento médico contínuo .
Versão da vítima e investigação
No boletim de ocorrência, a vítima relatou agressões que, segundo ela, se repetiam havia dois anos e incluíam “tortura psicológica”. A Delegacia de Atendimento à Mulher instaurou inquérito e mantém o caso sob sigilo. Imagens obtidas pela CNN mostram a jovem sangrando no hall do prédio enquanto o advogado tenta limpar o ferimento com um pano .
Na verdade ele é melhor como ator de teatro do que como advogado, fez uma brilhante peça teatral, a dor no peito em cartaz,