Já imaginou se um exame de vista pudesse prever o risco de demência? Uma pesquisa inovadora da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, sugere que sim! Vasos sanguíneos no fundo do olho, acredite, podem dar sinais de demência precoce.
A ligação? Simples: a retina, tecido sensível à luz no fundo do olho, está diretamente conectada ao cérebro. Cientistas já haviam notado que o afinamento da retina na meia-idade podia indicar problemas cognitivos no futuro. Agora, o foco está nos vasos sanguíneos.
Como a pesquisa foi feita? Os estudiosos analisaram dados de saúde de neozelandeses desde 1972. Desta vez, o foco foi em fotos da retina, exames de vista e testes de risco de Alzheimer em 938 pessoas com 45 anos. Eles cruzaram informações e viram que o declínio cognitivo estava ligado à espessura da retina.
Mas não para por aí! A saúde dos microvasos da retina também entrou na dança. Artérias e veias muito finas ou largas demais podem indicar problemas. Afinal, esses vasos refletem a saúde do sistema cardiovascular, que tem tudo a ver com o Alzheimer e outras demências, principalmente as vasculares.
E o que descobriram? Pessoas com maior risco de demência tinham arteríolas mais estreitas e vênulas mais largas na retina. Calma! Ainda são necessários mais estudos com outras pessoas para confirmar essa relação. E, por enquanto, o exame não serve como diagnóstico.
A boa notícia é que, se confirmada, essa descoberta pode ajudar no tratamento precoce da demência. “Os tratamentos podem ser mais eficazes no início da doença”, explica a psicóloga Ashleigh Barrett-Young. “Espero que, no futuro, a inteligência artificial nos ajude a usar exames de vista para saber como anda a saúde do cérebro.”