Imagine o Deserto do Saara, um lugar imenso que mexe com a curiosidade de cientistas e viajantes. Além do calor extremo e paisagens de tirar o fôlego, há algo ali que chama a atenção: a areia que emite radiação. Isso pode parecer estranho, não é mesmo? Muita gente se pergunta sobre os perigos que essa areia pode trazer para o meio ambiente e para quem vive ou passa por lá.
A ideia de areia radioativa pode assustar de início, mas calma. Esse fenômeno é totalmente natural. Ele acontece porque a areia tem minerais que emitem radiação. O Saara não é o único deserto com essa característica; outros lugares no mundo também têm materiais radioativos. Mas o Saara tem sido foco de pesquisa, principalmente porque suas tempestades conseguem levar essa areia, e as partículas radioativas, para bem longe.
De onde vem a radiação?
Essa radioatividade na areia vem de elementos que estão na natureza, como urânio, tório e potássio-40. Eles fazem parte da crosta terrestre. Com o passar de milhões de anos, movimentos geológicos espalharam esses materiais. Por isso, algumas partes do deserto têm mais radiação que outras, especialmente perto de rochas com esses minerais.
Apesar disso, a maior parte da areia no Saara apresenta baixos níveis de radiação. Esses níveis são bem parecidos com os encontrados em outras áreas do planeta. Os estudos mostram que mesmo quando as tempestades espalham essa areia, ela não representa um perigo grande para a saúde de pessoas ou animais. A radiação emitida por esses minerais na areia está muito abaixo das doses que poderiam fazer mal, sendo vista como segura e parte do ciclo natural do planeta.