A Polícia Civil em Feira de Santana elucidou um crime grave que aconteceu na cidade. O dono de uma academia, Edmário Azevedo de Jesus, de 51 anos, foi morto, e a companheira dele confessou ser a autora do crime. Essa agente de segurança de 30 anos se apresentou à polícia na última sexta-feira (25). Uma confissão que trouxe um novo rumo para a investigação.
Onde e Como Aconteceu
Edmário, conhecido por todos como ‘China’, foi encontrado sem vida em sua própria casa. O corpo estava na residência dele, localizada na Avenida Lucilândia, no bairro Gabriela. A causa da morte? Pelo menos quatro tiros que o atingiram no peito.
Após os disparos, a mulher contou em depoimento que ficou atordoada e fugiu do local do crime. Ela levou consigo a pistola que pertencia à vítima, o celular e a carteira de documentos dele. Mais tarde, ela relatou ter se desfeito da arma e da carteira, jogando-as em um terreno baldio na região.
A Confissão que Mudou Tudo
Como a polícia chegou a ela? O delegado Gustavo Coutinho, responsável pelo caso, explicou os passos. A agente de segurança se apresentou na delegacia acompanhada de seu advogado na sexta-feira. Até aquele momento, a polícia trabalhava colhendo depoimentos de familiares e vizinhos, além de analisar as imagens das câmeras de segurança próximas.
A história por trás do crime começou com um relacionamento de aproximadamente dois meses. A mulher era aluna na academia de Edmário e iniciou um envolvimento com ele enquanto passava por um processo de separação. Tudo mudou quando ela decidiu pôr fim ao caso e voltar para seu antigo companheiro.
Edmário, segundo o depoimento dela, não aceitou a decisão. As ameaças teriam começado então, de forma intensa. Ela falou que ele a ameaçava, chegando a mostrar uma arma por videochamada e dizer que a mataria, assim como seu companheiro. As ameaças incluíam ainda a divulgação de prints de conversas íntimas do casal.
A Noite do Homicídio
Com medo das ameaças que, segundo ela, atingiam a ela, seus quatro filhos e seu companheiro, a agente de segurança decidiu agir. Na noite de 21 de abril, ela foi até a casa de Edmário levando consigo cocaína e clonazepam. Seu objetivo, segundo o relato, era misturar as substâncias para sedar a vítima e evitar a reação dele.
Uma vez que Edmário adormeceu, ela pegou a pistola calibre 380 que estava na casa. Foi com essa arma que ela efetuou os disparos que tiraram a vida do dono da academia. Ela justificou o ato extremo pelo pavor que sentia das consequências caso não agisse.
Com a confissão e os detalhes fornecidos pela própria autora, a Polícia Civil de Feira de Santana considera o homicídio de Edmário Azevedo de Jesus esclarecido.