Atleta une highline e base jump em salto de 85 metros da Ponte Metálica, divisa entre Paulo Afonso e Delmiro Gouveia; Vídeo

É só perigo, do início ao fim. O highliner Caio Afeto juntou duas modalidades radicais, o base jump e o highline, para realizar uma manobra arriscadíssima debaixo da ponte metálica sobre o Rio São Francisco, na Bahia. Ele percorreu 12 metros sobre uma fita de apenas 2,5 centímetros de largura e, em seguida, saltou de 85 metros — uma altura mínima para abrir o paraquedas. O atleta ainda conduziu a descida para a margem do rio.

— Pousei perto das pedras porque queria nadar menos para sair do rio — explicou.

O baseline é o nome que se dá à integração do highline (a travessia de um vão livre a vários metros de altura sobre uma fita elástica de 2,5 centímetros) com o base jump (sigla derivada do salto de paraquedas de objetos fixos como prédios, antenas, pontes ou montanhas). O atleta faz a travessia de highline usando apenas o paraquedas para fazer a segurança em caso de queda.

O salto de baseline foi realizado na ponte metálica Dom Pedro II, na divisa entre os municípios de Paulo Afonso (BA) e Delmiro Gouveia (AL) sobre o Rio São Francisco, e próximo à Represa de Paulo Afonso.

O highliner no salto arriscado, já acionando o paraquedas 
Crédito: Jarbas Rodrigues

Segundo Caio, o americano Dean Potter foi o primeiro atleta a realizar um salto de base line em 2013. Apenas outros quatro atletas repetiram a façanha. Caio é o primeiro brasileiro a entrar neste seleto grupo.

No salto de Caio, chama a atenção o menor trecho percorrido no highline, 12 metros, o que representa menos esforço. Mas, em compensação, o seu salto se tornou mais arriscado devido à altura reduzida para uma execução segura. Qualquer falha, seria fatal. Não haveria tempo para corrigir eventual manobra errada.

— Felizmente tudo aconteceu perfeitamente como planejado — comemorou o highliner.

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