Familiares de Lerinaldo Conceição dos Santos, morto a tiros em Delmiro Gouveia em janeiro deste ano, pedem justiça e a conclusão das investigações do crime. Até o momento, ninguém foi preso e a motivação do homicídio ainda é desconhecida.
Lerinaldo era maranhense e morava em Delmiro há 25 anos com a esposa. Ele foi morto com vários tiros na cabeça no povoado Alto Bonito, próximo ao assentamento Genivaldo Moura.
Na quarta-feira (18), a irmã dele entrou em contato para relatar a espera de quase 10 meses por uma resposta da Polícia Civil sobre o caso. Ela cobra que os possíveis culpados sejam punidos.
“Ninguém nos dá uma resposta concreta. Como moramos longe, fica difícil acompanhar as investigações de perto e pedir por justiça. Queremos que o secretário de Segurança e as autoridades de Alagoas olhem esse caso. Precisamos saber o que aconteceu. Queremos justiça”, relata Maridalva Santos Barbosa.
O escrivão da delegacia da cidade confirmou à reportagem que o crime ainda não foi esclarecido. Ele pediu para não ser identificado, mas informou que diligências foram realizadas e algumas pessoas foram ouvidas, mas como o crime ocorreu em um local ermo, poucas pessoas presenciaram o homicídio da vítima.
“Até hoje minha mãe chora. Fazia 12 anos que meu irmão não vinha visitar a família no Maranhão. Ele estava se separando da esposa, e nós o chamávamos para vir morar com a gente aqui, mas não deu tempo”, conclui Maridalva.
Ainda segundo ela, o irmão era funcionário da Fábrica de Pedra e fazia bicos como entregador de pães, para complementar a renda. Maridalva disse ainda que o casamento dele estava em crise, e depois de algumas idas e vindas, Lerinaldo também havia decidido sair de casa naquele mesmo dia.
“No dia da morte, ele tinha mandado mensagem dizendo que precisava falar comigo. Umas 17h30 ele saiu da panificadora para fazer as entregas. A chefe dele ficou sabendo da morte meia hora depois, mas a família só foi avisada na manhã do dia seguinte [1º de fevereiro]”, conta a irmã da vítima.
Lerinaldo foi enterrado em Delmiro, e desde então a família busca informações junto à polícia para saber notícias sobre as investigações.