UPA de Delmiro Gouveia pode ser fechada e secretário da saúde diz que vai tentar reverter situação

Na primeira edição do Governo em Ação, realizado nos dias 15 e 16 de março, no Distrito Sinimbu, o prefeito de Delmiro Gouveia, Eraldo Cordeiro, falou sobre a situação em que se encontra a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Segundo o gestor, o local corre o risco de fechar as portas por falta de verba.

Desde o ano passado, o local passa momentos de tensão. No dia 2 de janeiro, de acordo com matéria publicada no site da prefeitura, novas mudanças no atendimento prometiam um serviço mais eficiente e assistencial. O tempo foi passando e as coisas pareciam andar bem. No dia 08 de agosto de 2017, médicos da unidade paralisaram os serviços, na época, eles alegaram falta de pagamento.

Essa fase turbulenta passou no mês de outubro, quando o então atual secretário municipal da saúde, André Ramalho, anunciou que todas as alas da unidade voltariam a funcionar normalmente, isso em 11 de outubro.

No sobe e desce, em 2018, mais uma vez, os médicos paralisaram as atividades. Dessa vez, o mesmo motivo, meses de salários atrasados. Vale ressaltar que a UPA é mantida com recursos nas três esferas, Federal, Estadual e Municipal.

Em contato com o secretário municipal da saúde, André Ramalho, ele informou que a possibilidade de fechamento existe, mas que a gestão vai lutar para que isso não aconteça. “Um equipamento foi adquirido em 2014, sem planejamento financeiro e custa R$648 mil por mês. Se o município não tiver uma contrapartida maior do estado, ficará inviável de manter a UPA num futuro próximo”, afirma.

André ainda informou que nesta segunda-feira (19), haverá uma reunião com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) e demais órgãos, para que juntos possam tentar manter a unidade funcionando no município.

“Se fizermos uma avaliação a nível nacional, vamos encontrar o problema em muitas cidades. Esses equipamentos custam caro demais para os dias em que estamos vivendo. A realidade financeira de Delmiro Gouveia não é a mesma de dez anos atrás”, acrescenta.