Temer faz balanço da gestão e diz que, ‘enquanto as pessoas protestam, caravana do governo vai trabalhando’

O presidente Michel Temer, em discurso nesta quinta-feira (12) na abertura de uma reunião ministerial, fez um balanço de sua gestão e afirmou que, "enquanto as pessoas protestam, a caravana do governo vai trabalhando".

Essa foi a primeira reunião ministerial realizada após as mudanças nos comandos das pastas. Nas ultimas semanas 13 ministros deixaram o governo, 11 deles para disputar as eleições de outubro.

Numa fala de mais de 20 minutos, o presidente listou aquelas que para ele foram as principais medidas tomadas por seu governo. Ele citou ações nas diversas áreas, como economia, saúde e segurança. Depois, pediu à sua equipe que não se "incomode com críticas".

"Não vamos nos incomodar com críticas, não vamos nos incomodar com aqueles que querem dizer 'não, não pode isso, aquilo’, nós vamos em frente. Enquanto as pessoas protestam, a caravana aqui do governo vai trabalhando", afirmou o presidente.

O presidente frisou que é preciso garantir a “continuidade” das ações realizadas pelas pastas. 

 

Intervenção no Rio

No balanço, Temer afirmou que a intervenção federal na área de segurança do estado do Rio de Janeiro produz os “primeiros resultados”. O presidente voltou a alertar, no entanto, que o problema não será resolvido de forma imediata.

“Nós tivemos que proceder uma intervenção nessa área no Rio de Janeiro, intervenção que já têm produzido os primeiros resultados, porque é evidente que elas não produzem resultado de um dia para o outro”, disse.

“Muitas vezes as pessoas pensam, bom se editar um decreto aqui, uma lei, amanhã está tudo resolvido. Não é assim, as coisas têm um ritmo, mas um ritmo muito célere. Os resultados já estão se apresentando no Rio de Janeiro”, completou.

Temer decretou a intervenção em fevereiro e escolheu como interventor o general do Exército Walter Braga Netto. Desde fevereiro o militar responde pela área de segurança do estado.

O presidente declarou no discurso que no Rio “houve uma sensível redução de crimes após a intervenção federal”, porém não citou dados em seu discurso.

Desde que a intervenção foi decretada, o caso de maior repercussão foi o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março, cuja investigação está em curso.

 

(Foto: Beto Barata)