Manipulação de resultados. Escolha de árbitros por parte de dirigentes. Armações pagas. E até ameaças de morte.
Estes são apenas alguns das centenas de fatos que constam em relatórios da Operação Cartola, que investiga diversos casos de irregularidades no futebol da Paraíba nos últimos anos e que culminou no afastamento do presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Amadeu Rodrigues.
A intervenção na entidade estadual foi confirmada nesta domingo (13) pela Comissão de Ética da CBF. A expectativa agora é que nas próximas horas a Confederação confirme o auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Flávio Boson Gambogi, como condutor da FPF até a conclusão das investigações.
A informação foi anunciada no final da noite de ontem, em rede nacional, pelo apresentador Tadeu Schmidt, do programa Fantástico, da Globo.
No sábado, no entanto, em primeira mão, reportagem do jornal Correio da Paraíba teve acesso a vários áudios apurados pela Operação em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.
Nos documentos, transcrições de áudios mostram a clara escolha dos árbitros a serem escalados nos jogos do Campeonato Paraibano.
O inquérito da Operação Cartola possui seis volumes, cada um, em média, com 300 páginas. O conteúdo revela que o futebol paraibano está afundado na corrupção. Dirigentes de clubes escalavam árbitros e manipulavam resultados de jogos.
