A falta de gasolina em diversos postos do Distrito Federal, reflexo da greve dos caminhoneiros, fez com que o preço do produto disparasse. Em Águas Claras, região que fica a 25 km do centro de Brasília, um posto chegou a cobrar R$9,99 por litro da gasolina. Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra um frentista alterando o valor. Em um posto de bandeira Petrobras em Planaltina, na BR-020, o litro do produto chegou a ser vendido por R$ 9.
Os preços foram alterados quando os estoques começaram a acabar, mas, após reclamações, o valor de venda da gasolina baixou para R$ 5,99. A professora Maria José do Rosário, de 55 anos, estava no posto em Águas Claras quando os frentistas alteraram o valor da gasolina. Ela disse que diversos motoristas se aglomeraram no local e fizeram um protesto. "Foi uma confusão, todo mundo buzinando e cobrando os nossos direitos. É um absurdo. Eles se aproveitaram dessa situação para lucrar", disse.
Postos no Guará e em Taguatinga foram obrigados a encerrar o expediente por falta de combustível. Em Sobradinho, até as 11h desta quinta-feira (25), nenhum estabelecimento estava funcionando.
Em Guarapari, no Espírito Santo, o litro da gasolina chegou a ser vendido por R$ 9,88, segundo vídeos que circulam nas redes sociais. A reportagem do UOL entrou em contato com o estabelecimento, que não confirmou o preço. O Procon-ES disse que não foi acionado sobre o valor cobrado pelo combustível.
Nesta quarta-feira (23), na região metropolitana do Recife, um posto de combustível vendia o litro da gasolina a R$ 8,99 e R$ 6,99 pelo do etanol. O Procon-PE interditou o local e o estabelecimento foi autuado, com uma multa R$ 500 mil foi fixada por aumentar ilegalmente o valor.
Na Avenida Nove de Julho, em Taubaté, no interior de São Paulo, o litro da gasolina já custa R$ 9,20.
O superfaturamento no preço da gasolina também atingiu a Bahia. Em Porto Seguro, Sul do estado, os motoristas estão tendo que desembolsar R$ 7 para colocar um litro no tanque de carro ou moto em um posto da cidade. Em Vitória da Conquista, no Sudoeste o preço do mesmo combustível gira em torno de R$ 5,50.
Como denunciar Segundo o Procon, se o consumidor sentir que o preço de um determinado posto aumentou de maneira excessiva, ele deve fazer uma denúncia para que a situação seja apurada. Caso seja constatada alguma irregularidade, o próprio órgão pode aplicar multas e levar o caso às instituições judiciais competentes.
Embora o Procon não possa interferir no preço final dos combustíveis, é seu papel fiscalizar possíveis irregularidades no preço e na qualidade do produto que chega para o consumidor.