A Secretaria da Administração (Saeb) publicou, na edição deste sábado (7) do Diário Oficial do Estado (DOE), o resultado provisório da 2ª etapa do concurso para ingresso da Polícia Civil no Estado. Ao todo, 373 candidatos foram habilitados na prova discursiva. O concurso é alvo de investigação do Ministério Público, após denúncias de supostas irregularidades ocorridas no dia da aplicação das provas, em abril.
Confira a relação do resultado provisório
Dentre os habilitados nessa etapa, 332 foram para o cargo de investigador de polícia, 23 para delegado e 18 para escrivão.
O resultado foi divulgado também no site da Fundação para o Vestibular da Universidade Júlio de Mesquita Filho – Fundação Vunesp, responsável pela organização do concurso.
Os candidatos que queiram ingressar com recurso têm os dias 9 e 10 de julho para o procedimento.
Os aprovados no certame, quando nomeados, terão remuneração inicial para os delegados de polícia, regime de trabalho de 40 horas semanais, no valor de R$ 11.389,96. Já os investigadores e escrivães de polícia terão remuneração inicial de R$ 3.915,85, no regime de 40 horas semanais.
O concurso teve mais de 48 mil inscritos, sendo que pouco mais de 37 mil compareceram para fazer as provas da 1ª Etapa, o que resultou em uma ausência de 21,56%. O maior número de inscritos foi para o cargo de investigador, com 35.036 candidatos, seguido dos de delegado (10.658) e de escrivão (2.426).
As próximas etapas do concurso, previstas em edital, compreendem a realização de convocação para exames biomédicos, teste de aptidão física (TAF), exame psicotécnico, prova de títulos e investigação social. Promovido pela Secretaria da Administração (Saeb) e pela Polícia Civil da Bahia, o certame está sendo organizado pela Fundação para o Vestibular da Universidade Júlio de Mesquita Filho – Fundação Vunesp.
Denúncias
Logo depois da realização do concurso, no dia 22 de abril, candidatos denunciaram ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) supostas irregularidades ocorridas durante a aplicação das provas. O órgão, por sua vez, recomendou a suspensão do concurso público.
Os candidatos afirmaram na denúncia que vários pontos do edital foram descumpridos e ainda dizem que um grupo teria tido acesso a um gabarito antes mesmo de chegar ao local de provas.
Os candidatos criaram, ao menos, dois grupos em um aplicativo de conversa para falar sobre as supostas irregularidades que constataram.
Eles citaram que houve uso de celulares por candidatos em consequência de falha na fiscalização durante as provas, dizem que algumas pessoas saíram da sala levando os cadernos de questões, o que era proibido, e ainda relatam que um grupo de candidatos de Juazeiro, que veio para Salvador para participar do concurso, chegou a ter acesso a um gabarito antes mesmo do início das provas.
A Fundação Vunesp disse, à época, que a aplicação das provas transcorreu dentro da normalidade esperada e sem intercorrências que comprometessem a lisura do certame.