A Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal decidiu nesta quinta-feira (19) determinar a transferência do ex-senador Luiz Estevão e do ex-ministro Geddel Vieira Lima para o bloco de segurança máxima da Penitenciária da Papuda, em Brasília. A decisão foi tomada após denúncias de que os políticos eram privilegiados com regalias.
A medida foi tomada pela Justiça após a operação da Polícia Civil do Distrito Federal, que, no domingo (17), encontrou indícios de privilégios concedidos aos presos. Na operação, mais de 30 agentes encontraram chocolate, tesoura e cinco mini pen drives na cela do ex-senador.
Ao decidir a questão, a juíza Leila Cury entendeu que os acusados não podem ficar em celas próximas durante o procedimento de apuração do caso. Para a magistrada, há indícios de que Luiz Estevão “vem exercendo liderança negativa”, após ter sido flagrado duas vezes com objetos proibidos.
Eles estão agora em celas individuais e o banho de sol também passa a ser individual – ou seja, eles não deverão ter contato com outros detentos.
Luiz Estevão foi condenado a 31 anos de prisão pelo desvio, na década de 1990, de R$ 169 milhões na execução da obra da sede do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo. Geddel foi preso preventivamente em 8 de setembro do ano passado, depois de serem encontrados R$ 51 milhões dentro de malas e caixas de papelão no imóvel de um amigo, próximo a sua residência. A apreensão foi possível devido a uma denúncia anônima.