Paraplégico, ex-jogador brasileiro foi ídolo em Israel e atuou com filho de ex-ditador

Paraplégico após um acidente de moto, em 2010, o ex-jogador de futebol Leandro Simioni não brilhou no Brasil, mas virou ídolo em Israel, onde chegou a jogar ao lado do filho do ex-ditador líbio Muamma Gaddafi e, foi homenageado por torcedores que arrecadaram R$ 17,5 mil para sua viagem.

Em depoimento à Folha de S. Paulo, Simioni relembra do início de carreira e diz que chegou a parar para cursar Educação Física.

“Passei pela base do São Paulo, mas depois acabei indo para clubes menores, como o Nacional e o Mauaense, onde cheguei ao time profissional. Nessa época, porém, já estava com 20 anos e, meio desiludido, achei que o melhor era fazer curso de Educação Física”, explicou.

“Um dia, um amigo que estava no XV de Caraguatatuba me convidou para jogar pela equipe. DIsse que precisavam de um meia, minha posição. Estava estudando, nem pensava mais em bola, mas resolvi ir . Acabei ganhando a vaga e retomei a carreira”, completou.

Em seguida, acabou indo para o futebol belga após se destacar em uma partida da terceira divisão do Campeonato Paulista.

“Em uma partida, um empresário foi ver alguns jogadores do time adversário para levá-los para o futebol da Bélgica, só que eu me destaquei mais. Acabei  parando no Cercle Brugge, mas foi muito difícil para mim e para a minha esposa, que estava grávida de seis meses da minha primeira filha, que nasceu lá. Não falávamos nem inglês, muito menos francês e holandês. Foi complicado demais”, destacou.

Após voltar ao Brasil, assinou contrato com o Sun Hei SC, da China, onde teve sucesso.

“Eu já estava mais experiente e a vida em Hong Kong era boa. Fiquei uns três anos no país. Só na primeira temporada havia feito 19 gols. Fui artilheiro da liga local”, afirmou.